Estudos no campo na neurociência dividem a auto-crítica em 2 categorias: a construtiva e a destrutiva. E é esse o ponto de devemos estar atentas, como equilibrar a auto-crítica para não entrar em um ciclo de auto-sabotagem.

Para ler sobre a auto-sabotagem clique aqui.

A Auto-crítica é uma qualidade pessoal que pode agir muito favoravelmente ao crescimento dos recursos da nossa mente.

Porém existe uma linha tênue entre se avaliar para melhorar e se desacreditar no próprio potencial.

Mais do que desenvolver um pensamento autocrítico, é preciso saber os limites, a fim de permanecer em uma avaliação construtiva de si.

Em qual tipo Auto-Crítica você se enquadra?

Construtiva:

  • Propicia crescimento
  • Enxergamos os pontos de melhoria em nós mesmas
  • Reforçamos o que temos de único e exclusivo

Destrutiva:

  • Limita o ser
  • Paralisa as iniciativas
  • Cristaliza as características altamente comprometedoras

Infelizmente, nossa mente nos leva muito mais para o lado da Auto-Crítica Destrutiva. O mais comum é escutarmos nossa voz interior nos dizendo “fracassei de novo”, “eu não sei fazer nada direito”, “nunca vou conseguir”, etc.

Isso acontece pois a auto-crítica está ligada ao nosso sistema de defesa e é acionada sempre que algo não vai bem, e por incrível que pareça, isso acontece para nossa proteção.

Então, se ela mais atrapalha do que ajuda, por que precisamos dela? Ou melhor, como equilibrar a auto-crítica para o lado positivo?

Auto isso, Auto aquilo…

Já percebeu que esse artigo fala muito a palavra ‘auto’ seguida de outra palavra?

Pois é… Mais uma vez estamos em uma área de auto-conhecimento, auto-análise…

Vamos agora entender como podemos lidar com tudo isso, e direcionar nossa auto-crítica para o lado positivo.

Passo 1:

Compreender que sempre que avaliamos uma situação, várias reflexões podem surgir. Nossa mente utiliza as experiências que já tivemos e nossas crenças para tentar chegar a uma conclusão rápida e nos tirar logo daquela sensação ruim.

Passo 2:

Usar a Auto-Crítica de forma consciente. Utilizar a técnica do “2 pra 1”, que consiste em encontrar 2 pontos positivos e 1 ponto negativo para a situação que te incomoda.

Passo 3:

Aceitação. Entender as próprias dificuldades e o momento acaba gerando uma auto-crítica construtiva, pois é possível aceitar o erro, reconhecer ter feito o possível no momento e aprender com a falhar para poder melhorar.

Passo 4:

Auto-controle emocional. Exercitar essa parte é fundamental para que sua auto-crítica não acione os gatilhos cerebrais, porque eles são responsáveis pela fúria e pela tendência de culparmos outros fatores ou pessoas pelos problemas enfrentados.

Passo 5:

Este passo exige uma comparação rápida. Quando estamos ensinando um bebê a andar, nós o incentivamos a tentar, comemoramos as tentativas e tentamos a todo custo não deixar a criança frustrada pelas quedas, continuamos a incentivar mesmo com as quedas.

É da mesma maneira que devemos praticar a auto-condescendência para acalmar a própria frustração.

Neurocientistas explicam que esse cuidado acaba liberando o hormônio oxitocina, que ativa sentimentos de confiança, calma, segurança, generosidade e facilita o sentimento de compaixão por nós mesmos.

Conclusão: como equilibrar a auto-crítica

A vóz crítica na nossa mente não está tentando nos prejudicar e sim nos ajudar, porém se não tomarmos cuidado e se não ficarmos atentas, nossas ações vão nos levar para a auto-sabotagem.

Podemos treinar o nosso corpo e o nosso cérebro para nos levar em direção da evolução para que seja possível atingir nossos objetivos e realizar nossos sonhos, afinal nós temos que estar no controle de nós mesmas.

Como última dica, deixo aqui um exemplo que pode ser adaptado para cada situação, e utilizado sempre que algo não sair do jeito que se esperava, ou quando algum problema atrapalhar os nossos planos.

Pensamento que pode levar a uma auto-crítica destrutiva:

“Errei! Fiz tudo errado! Tudo que eu faço dá errado!”
“Desse jeito nada vai dar certo! Sempre que estou fazendo algo bom, vem esse [problema]  e me atrapalha!”

Pensamento que pode levar a uma auto-crítica construtiva:

“Errei, OK. Poderia estar envergonhada ou muito brava por essa falha, mas vou reagir e tentar denovo!”
“Esse [problema] vai me atrapalhar denovo, mas eu vou resolver bem rápido e continuar meu trabalho o quanto antes!”

 

E você? Como anda sua auto-crítica? Este artigo te ajudou de alguma maneira a entender como equilibrar a auto-crítica?

Forte Abraço
Bia

 

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